domingo, 28 de setembro de 2014

O Silêncio Deliberado da Mídia e os Próximos Passos.

                  A coletiva de imprensa, noticiando a imensa vitória do Plebiscito Popular, o feito histórico de obter 7.754.436 de votos em todo o Brasil, contou com a participação apenas da mídia alternativa e popular, merecendo o descaso deliberado dos grandes veículos de comunicação que já haviam silenciado durante a semana de votações. Não fosse a imensa repercussão nas redes sociais, milhares de militantes não teriam visualizado a dimensão que a campanha tomou.
                  Tornou-se um lugar comum denunciar a omissão deliberada da mídia sobre determinados fatos e a ampliação desproporcional de outros. Certa vez, um amigo utilizou uma imagem, bem didática, que sempre reproduzo em debates. Ele recordou as "Casas de Espelho" que eram comuns em parques de diversões. A brincadeira com as imagens distorcidas diante de nossa imagem gigante ou diminuta. O mesmo ocorre com as coberturas midiáticas. Podem pautar fatos irrelevantes e obscurecer grandes eventos, transmitindo a sensação de que não existiram ou não eram importantes. Ficamos mais fracos do que realmente somos e se aparentam ainda mais fortes do que são. Com tudo isso já estamos acostumados.  
                  Em geral, jornalismo é definido como atividade de  lidar com notícias, dados factuais e divulgação de informações. Também define-se o Jornalismo como a prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos atuais. O Plebiscito Popular da Constituinte envolveu mais de 100 mil ativistas em todo o país, movimentou as redes sociais e chegou a milhões de brasileiros. O ex presidente Lula votou. Dilma e sua concorrente Marina participaram, assim como outros candidatos. Daniela Mercury e vários artistas se deixaram fotografar votando. Em resumo, estavam presentes vários elementos noticiosos. Porém, a grande mídia ignorou solenemente o episódio, transmitindo a sensação de que "não teve relevância". Seria mais um comportamento  já corriqueiro do monopólio da mídia que funciona como partido político.
                Insisto que não é tão banal assim. Recentemente, assistimos o debate entre os candidatos presidenciais, promovido na TV Aparecida, por iniciativa da CNBB. A primeira pergunta, respondida por todos os debatedores foi sobre o Projeto de Lei de Iniciativa Popular na Reforma Eleitoral. No dia seguinte, todos os grandes jornais e veículos de comunicação comentavam o debate. Porém, nenhuma linha sobre a questão da Reforma Política. Um observador político atento entenderá o recado.
                No final de 2005, o ex-vice presidente das Organizações Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, conhecido como "Boni", revelou que recebeu ordens de Roberto Marinho para não noticiar a campanha das "diretas já". A Folha de São Paulo se orgulha de ter noticiado o comício da Praça da Sé, em 25 de janeiro de 1984, inclusive utilizando isso contra seu concorrente "Estadão". Mas, omite que também ignorou solenemente os atos e manifestações anteriores.  Parece que tudo começou no ato da Sé.
                Até o famoso Comício da Sé, com mais de 300 mil participantes e a presença de governadores, líderes partidários, artistas e personalidades, a campanha das "Diretas Já" havia amargado seu período de obscuridade intencional. Para chegar á "Praça da Sé", muita água já havia rolado na campanha. O fato tragicômico deste episódio é que quando a multidão ocupou a Praça da Sé, a Globo optou por maquiar o ato e alterar suas finalidades. Em pleno "Jornal Nacional", o apresentador Sérgio Chapelin fez a seguinte chamada: “A cidade comemorou seus 430 anos com mais de 500 solenidades. A maior foi um comício na Praça da Sé”. Foi mais uma pérola pro anedotário da "Venus Platinada".
                Para chegar ao primeiro comício expressivo no Pacaembu, ainda com 20 mil pessoas, em novembro de 1983, muita preparação, trabalho de base e silenciosa organização já tinham se desenvolvido. Até o 25 de janeiro de 1984, na Praça da Sé, somente a imprensa alternativa tratava do tema. E olhe lá, pois também naqueles anos nem todas as forças de esquerda apoiavam a campanha no início. Também havia aqueles que diziam que era perigoso, que a direita poderia ganhar, seria um "tiro no pé" etc.
                Claro, sabemos que o atual silêncio da mídia sobre o tema "Reforma Política" e especialmente pela proposta de "Constituinte do Sistema Político" é evidentemente um mecanismo de autopreservação. Se conseguirmos abrir um debate na sociedade sobre "sistema político" inevitavelmente o monopólio da mídia será tocado. Enquanto puderem manter a fase da obscuridade a ordem será nos ignorar. Quando não der mais, podemos ter certeza que nos combaterão.
                Para os que temem uma Constituinte, alegando que a classe dominante é quem se apropriará do tema, sugiro que reflitam sobre o pavor da mídia em pautar a campanha.
                A grande questão agora é saber se teremos a capacidade militante de, enfrentando a obscuridade imposta pela mídia, avançar na construção desta proposta. Na década de 80 havia um profundo desgaste da ditadura, governadores e parlamentares eleitos pelo MDB, e, conseqüentemente, possibilidade de construir uma ampla frente em torno da bandeira das "Diretas Já". Ao entrar na campanha os setores burgueses disputaram sua condução e após a derrota da Emenda Dante de Oliveira imprimiram uma nova bandeira "Tancredo Já", isolando a classe trabalhadora e atropelando a perspectiva de manter a luta por "Diretas Já". Mas, desde de janeiro de 1984 até a derrota no Congresso Nacional, apoiaram a campanha, conformando a nossa mais ampla frente democrática.
                O silêncio deliberado da grande mídia nos coloca uma outra reflexão e nos aponta o maior desafio que enfrentaremos.
                Hoje, democratizar o sistema político somente interessa à classe trabalhadora e aos seus aliados do campo popular. Nem mesmo os setores da burguesia interna que apóiam, participam e sustentam a frente neodesenvolvimentista terão interesse em mudanças profundas que ameacem a hegemonia de classe no Congresso Nacional. Tivemos uma pequena amostra destas pressões quando a Presidenta Dilma lançou a proposta de um plebiscito oficial sobre a Constituinte e teve que recuar em 16 horas em junho de 2013. Quando o silêncio for substituído pelo enfrentamento, vamos sentir a força da artilharia pesada contra nossa proposta.  
                Ignorados pela mídia, ao longo da preparação do Plebiscito Popular, conseguimos construir a proposta entre centenas dos melhores ativistas sindicais e lutadores populares de todo o país. As bases de uma grande campanha de massas foram construídas, com enorme esforço, nos últimos meses. Fizemos o trabalho mais difícil. Vale ressaltar o apoio e a vitalidade da CUT nesta campanha, que junto a outras centrais sindicais, investiu energias despertando o envolvimento em locais de trabalho. Em todos os plebiscitos populares este foi o que mais mobilizou os trabalhadores, mesmo comparado com a campanha contra a ALCA em 2002 (quando obtivemos mais de 10 milhões de votos).
                Se formos incapazes de alimentar os próximos passos desta luta essas bases correm o risco de se enfraquecer ou serem absorvidas por outras pautas. Eis porque o debate coletivo dos próximos passos é fundamental e deve envolver o conjunto dos comitês populares criados.
                O certo é que o próximo passo principal será começar a campanha nas ruas. Sabemos que construir manifestações expressivas exigirão um trabalho de base paciente e muito esforço militante. Será um teste decisivo.
                Conseguiremos sustentar e construir uma campanha de massas em torno da força própria e não subordinada da classe trabalhadora e seus aliados populares, sem romper suas alianças com a burguesia, caso Dilma ganhe as eleições? Conseguiremos construir esta campanha se a candidatura de direita ganhar estas eleições e jogar toda a sua força em nos isolar?
                É grande o desafio que nos espera. Para os que se desesperavam com a idéia de apoiar uma frente política com a presença de setores burgueses chegou o momento de saber a força própria da classe trabalhadora no atual momento. Sua capacidade de imprimir e sustentar uma bandeira, mesmo enfrentando resistência de uma burguesia unificada. Serão pressões imensas que tentarão dividir a frente política que construiu o Plebiscito Popular. Isso terá que ser ganho na capacidade de mobilização popular.  
                As lutas sociais retomaram o imaginário popular. Talvez esta seja a mais importante das conseqüências de junho de 2013. Abriram a possibilidade de uma campanha de massas ganhar as ruas. Construir uma bandeira política que rompa a impossibilidade de transformações estruturais em nossa sociedade não é mais uma opção. Sem avançarmos, toda a frustração gerada nos últimos anos será capitalizada pelo inimigo. Não estamos diante de uma campanha a mais. Manter o atual sistema político implica em retroceder, quando mais precisamos avançar. Sem compreender isso estaremos no passo de espera, lidando com os crescentes ataques denuncistas da mídia, aguardando na defensiva que nos derrotem. Este é o momento em que a militância fará a diferença. noticias@brasildefato.com.br

sábado, 20 de setembro de 2014

Programa de Marina propõe certificação e meritocracia para professores ( publicação do CNTE)


Em seu programa de governo (pág. 110) a candidata Marina Silva prescreve a seguinte fórmula para a composição dos salários dos professores da educação básica pública: “A primeira metade da majoração salarial será implantada gradualmente, na proporção do crescimento do orçamento federal para a educação em relação ao PIB, em conformidade com o PNE. A segunda metade será vinculada ao cumprimento de metas de desempenho em sala de aula, aos resultados do Exame Nacional para Docentes, à participação em CURSOS de formação continuada e à docência em escola integral”.
Além de resgatar o pernicioso debate da certificação - que não associa as condições de trabalho dos educadores e a realidade socioeducacional dos estudantes à proficiência destes nos testes estandardizados - o programa da candidata Marina atrela 50% da perspectiva de melhoria salarial dos professores a uma avaliação totalmente descabida no atual estágio da educação brasileira, que exige, incondicionalmente, valorizar os profissionais da educação (inclusive os funcionários administrativos, sonegados no referido programa) e munir as escolas de condições apropriadas e equânimes de aprendizagem em todo país.
Esses e outros itens do programa da candidata Marina estão em total desacordo com as pautas da CNTE, pelo seguinte:
A CNTE não concorda com Exame Nacional de Certificação, pelas razões acima expostas, por se tratar de política que não resolverá o problema da qualidade da educação e nem valorizará os profissionais, pelo contrário! Em 2003 esse debate foi derrotado na gestão do senador Cristóvão Buarque à frente do MEC, embora reiteradamente alas neoliberais do Congresso Nacional tentem reintroduzi-lo no cenário nacional. Infelizmente, a estratégia 7.36 do PNE abre brechas a esse tipo de iniciativa inspirada em governos tucanos Brasil afora, mas a CNTE e seus sindicatos filiados têm o compromisso de combatê-la permanentemente.
A meritocracia na educação, na qual se pauta o programa da candidata Marina, não dialoga com o direito à educação pública e de qualidade para todos/as, visto que se sustenta no aprofundamento de testes padronizados que visam aferir determinado desempenho em escolas e comunidades extremamente distintas, avaliando igualmente os desiguais. Dado seu caráter injusto, esta proposta encontra-se em desuso até mesmo nos EUA, onde teve início e há tempos é sistematicamente criticada por sua principal idealizadora, a Dra. Diane Ravitch.
Com os novos artigos 61 e 62-A da LDB, e à luz dos incisos V e VIII do art. 206 da Constituição Federal, a valorização da carreira dos profissionais da educação básica depende de diretrizes nacionais pautadas no cumprimento integral e na consequente valorização do piso do magistério (além da regulamentação do piso para todos os profissionais), e não será com simples programa federal pautado na meritocracia que se estabelecerá uma política promissora nessa área.
O programa também não apresenta critérios para equiparar a remuneração média do magistério com outras categorias de mesmo nível de escolaridade (meta 17 do PNE), sobretudo por meio da regulamentação dos recursos do Fundo Social do pré-sal (art. 8º, § 1º, II da Lei 7.990). Pior: o referido programa de governo pretende substituir o regime de partilha do pré-sal (julgado ineficiente de forma oportunista) pelo de concessão, que visa repassar recursos do petróleo para a iniciativa privada, reduzindo as fontes de receitas para a educação e demais políticas públicas.
Em nenhum momento a candidata se compromete em lutar pelo efetivo cumprimento da Lei 11.738, que também prevê no mínimo 1/3 da jornada do/a professor/a para atividades extraclasses.
Somos contra a certificação de professores!
Somos contra a meritocracia na educação!
Somos contra a privatização do pré-sal!
Não aceitaremos que o país dê passos para trás na política educacional, desconsiderando as deliberações da 1ª CONAE e os reais objetivos da Lei 13.005 (PNE), que pautam a universalização do acesso e a permanência com qualidade dos estudantes na escola (integral) e a valorização dos trabalhadores escolares.
 

Encontro com Marcelo Barros: Meditação bíblica, para o domingo 21 de setembro 2...

Encontro com Marcelo Barros: Meditação bíblica, para o domingo 21 de setembro 2...:        Desde ontem, estou assessorando o encontro das pastorais sociais da diocese de Campina Grande. Algumas pessoas conhecidas. Grupo int...

Blog do Cendhec: CEDCA-PE envia nota pública ao Governo do Estado

Blog do Cendhec: CEDCA-PE envia nota pública ao Governo do Estado: No último dia 11 de setembro, o Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente de Pernambuco (CEDCA-PE) realizou uma coletiva de i...

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

13 RAZÕES PARA REELEGER DILMA

Frei Betto
Adital
1. Apesar das mazelas e contradições do PT e do atual governo, votarei em Dilma para que se aprimorem as políticas sociais que, nos últimos 12 anos, tiraram da miséria 36 milhões de brasileiros.
2. Votarei para que o Brasil prossiga independente e soberano, livre das ingerências do FMI e do Banco Mundial, distante dos ditames da União Europeia e crítico às ações imperialistas dos EUA.
3. Votarei pela integração latino-americana e caribenha; pelo solidário apoio aos governos de Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador e Uruguai; pela autonomia da CELAC e do Mercosul.
4. Votarei pelo respeito ao direito constitucional de greves e manifestações públicas, sem criminalização dos movimentos sociais e de seus líderes.
5. Votarei pela Política Nacional de Participação Social; pela manutenção de cotas em universidades; pelo Enem, o Pronatec e o ProUni; e pelo aumento do percentual do PIB aplicado em educação.
6. Votarei a favor do Programa Mais Médicos que, graças à sua ação preventiva, fez decrescer a mortalidade infantil para 15,7 em cada 1.000 nascidos vivos.
7. Votarei pelo crédito facilitado e o reajuste anual do salário mínimo, de modo a ampliar o poder aquisitivo das famílias brasileiras, a ponto de viagens aéreas deixarem de ser um luxo das classes abastadas.
8. Votarei para que o trabalho escravo em fazendas do agronegócio seja severamente punido e tais propriedades confiscadas em prol da reforma agrária.
9. Votarei para que a Polícia Federal prossiga apartidária, efetuando prisões até mesmo de membros do governo, combatendo o narcotráfico, o contrabando e a atividade nefasta dos doleiros.
10. Votarei para que a inflação seja mantida sob controle e, no Brasil, o crescimento do IDH seja considerado mais importante que o do PIB. Se nosso PIB cresce pouco, nosso IDH é o segundo do mundo, atrás apenas dos EUA, se considerarmos o tamanho da população.
11. Votarei para que a nossa diplomacia permaneça independente, aliada às causas justas, sem tirar os sapatos nas alfândegas usamericanas e endossar o terrorismo bélico dos EUA, que dissemina lagrimas e sofrimentos em tantas regiões do planeta.
12. Votarei pela preservação do Marco Zero da internet, sem ingerência das gigantes de telecomunicações, interessadas em mercantilizar as redes sociais e manter controle sobre a comunicação digital.
13. Votarei, enfim, por um Brasil melhor, mesmo sabendo que o atual governo é contraditório e incapaz de promover reformas de estruturas e punir os responsáveis pelos crimes da ditadura militar. Porém, temo o retrocesso e, na atual conjuntura, não troco o conhecido pelo desconhecido.
Frei Betto é escritor, autor de "O que a vida me ensinou” (Saraiva), entre outros livros.

Frei Betto

Escritor e assessor de movimentos sociais

O BRASIL REAL DE 2002 A 2013 /




Enviado por [*] Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira (*)
Gráficos: redecastorphoto





 
Orçamento da Saúde 1995 -2014
(clique na imagem para aumentar)

 
Dívida Pública como porcentagem do PIB
(clique na imagem para aumentar)

 
Percentuais em relação ao PIB
Gráfico elaborado por Laury A. Bueno
(clique na imagem para aumentar)
O Brasil de 2002 a 1013

1. Produto Interno Bruto: 2002 – R$ 1,48 trilhões
2013 – R$ 4,84 trilhões

2. PIB per capita:2002 – R$ 7,6 mil
2013 – R$ 24,1 mil

3. Dívida líquida do setor público: 2002 – 60% do PIB
2013 – 34% do PIB

4. Lucro do BNDES:
2002 – R$ 550 milhões
2013 – R$ 8,15 bilhões

5. Lucro do Banco do Brasil: 2002 – R$ 2 bilhões
2013 – R$ 15,8 bilhões

6. Lucro da Caixa Econômica Federal:2002 – R$ 1,1 bilhões
2013 – R$ 6,7 bilhões

7. Produção de veículos: 2002 – 1,8 milhões
2013 – 3,7 milhões

8. Safra Agrícola: 2002 – 97 milhões de toneladas
2013 – 188 milhões de toneladas

9. Investimento Estrangeiro Direto: 2002 – 16,6 bilhões de dólares
2013 – 64 bilhões de dólares

10. Reservas Internacionais:2002 – 37 bilhões de dólares
2013 – 375,8 bilhões de dólares

11. Índice Bovespa: 2002 – 11.268 pontos
2013 – 51.507 pontos

12. Empregos Gerados: Governo FHC – 627 mil/ano
Governos Lula e Dilma – 1,79 milhões/ano

13. Taxa de Desemprego: 2002 – 12,2%
2013 – 5,4%

14. Valor de Mercado da Petrobras: 2002 – R$ 15,5 bilhões
2014 – R$ 104,9 bilhões

15. Lucro médio da Petrobras: Governo FHC – R$ 4,2 bilhões/ano
Governos Lula e Dilma – R$ 25,6 bilhões/ano

16. Falências Requeridas em Média/ano: Governo FHC – 25.587
Governos Lula e Dilma – 5.795

17. Salário Mínimo: 2002 – R$ 200 (1,42 cestas básicas)
2014 – R$ 724 (2,24 cestas básicas)

18. Dívida Externa em Relação às Reservas:2002 – 557%
2014 – 81%

19. Posição entre as Economias do Mundo:2002 - 13ª
2014 - 7ª

20. PROUNI – 1,2 milhões de bolsas

21. Salário Mínimo Convertido em Dólares:2002 – 86,21
2014 – 305,00

22. Passagens Aéreas Vendidas:2002 – 33 milhões
2013 – 100 milhões

23. Exportações:2002 – 60,3 bilhões de dólares
2013 – 242 bilhões de dólares

24. Inflação Anual Média:Governo FHC – 9,1%
Governos Lula e Dilma – 5,8%

25. PRONATEC – 6 Milhões de pessoas

26. Taxa Selic:2002 – 18,9%
2012 – 8,5%

27. FIES – 1,3 milhões de pessoas com financiamento universitário

28. Minha Casa Minha Vida – 1,5 milhões de famílias beneficiadas

29. Luz Para Todos – 9,5 milhões de pessoas beneficiadas

30. Capacidade Energética: 2001 - 74.800 MW
2013 - 122.900 MW

31. Criação de 6.427 creches

32. Ciência Sem Fronteiras – 100 mil beneficiados

33. Mais Médicos (Aproximadamente 14 mil novos profissionais): 50 milhões de beneficiados

34. Brasil Sem Miséria – Retirou 22 milhões da extrema pobreza

35. Criação de Universidades Federais: Governos Lula e Dilma - 18
Governo FHC - zero

36. Criação de Escolas Técnicas:Governos Lula e Dilma - 214
Governo FHC - 0
De 1500 até 1994 - 140

37. Desigualdade Social: Governo FHC - Queda de 2,2%
Governo PT - Queda de 11,4%

38. Produtividade: Governo FHC - Aumento de 0,3%
Governos Lula e Dilma - Aumento de 13,2%

39. Taxa de Pobreza:2002 - 34%
2012 - 15%

40. Taxa de Extrema Pobreza:2003 - 15%
2012 - 5,2%

41. Índice de Desenvolvimento Humano:2000 - 0,669
2005 - 0,699
2012 - 0,730

42. Mortalidade Infantil:2002 - 25,3 em 1000 nascidos vivos
2012 - 12,9 em 1000 nascidos vivos

43. Gastos Públicos em Saúde:2002 - R$ 28 bilhões
2013 - R$ 106 bilhões

44. Gastos Públicos em Educação:2002 - R$ 17 bilhões
2013 - R$ 94 bilhões

45. Estudantes no Ensino Superior: 2003 - 583.800
2012 - 1.087.400

46. Risco Brasil (IPEA):2002 - 1.446
2013 - 224

47. Operações da Polícia Federal:Governo FHC - 48
Governo PT - 1.273 (15 mil presos)

48. Varas da Justiça Federal:
2003 - 100
2010 - 513

49. 38 milhões de pessoas ascenderam à Nova Classe Média (Classe C)

50. 42 milhões de pessoas saíram da miséria
FONTES:
42 - OMS, Unicef, Banco Mundial e ONU
37 - índice de GINI: www.ipeadata.gov.br
45 - Ministério da Educação
13 – IBGE
26 - Banco Mundial

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

POR QUE OS BANCOS QUEREM DERROTAR DILMA?

Antonio Augusto de Queiroz  31/08/2014 11:00
É jornalista, analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). - See more at: http://brasildebate.com.br/por-que-os-bancos-querem-derrotar-dilma/#sthash.5flHkoUd.dpuf





Por que os bancos querem derrotar Dilma?

Numa única palavra: ganância. Nunca os banqueiros deste país lucraram tanto como nos governos do PT, mas esse pessoal não tem limite. Neste texto elenco quatro motivos que embasam tamanha hostilidade ao governo Dilma. Esse comportamento do mercado financeiro vale para qualquer governo que não aceite o jogo da banca.

O primeiro motivo, e não necessariamente o principal, é porque o governo Dilma ousou desafiá-los, ao interferir na margem de lucro deles, ao pressionar o Banco Central que reduzisse a taxa Selic, de um lado, e, de outro, que os bancos oficiais (BB e CEF) reduzissem o spread bancário, a partir da concorrência com a banca privada.
Os banqueiros, que antes elogiavam o governo, passaram a hostilizá-lo e a promover campanha com o objetivo de desqualificar a presidente e seu governo quanto à capacidade de manter a inflação e o gasto público sob controle, inclusive alugando alguns articulistas de economia da grande imprensa.

Insistiram nessa tática, aparentemente sem resultados, durante dois anos, até que, por sazonalidade nos produtos hortifrutigranjeiros, houve aumento de alimentos, inicialmente da batata e logo em seguida do tomate, criando as condições para a vitória da guerrilha inflacionária, que assustou os consumidores e forçou o governo a autorizar o retorno do aumento da taxa de juros.

O segundo motivo é porque nos governos do PT o dinheiro de origem trabalhista (FAT, FGTS e alguns Fundos de Pensão de estatais), com baixa intermediação do sistema financeiro privado, foi utilizado para fornecer crédito barato, gerar emprego e renda. Ou seja, em lugar de ir para a especulação, com ganhos astronômicos dos rentistas, esse dinheiro foi para o investimento produtivo.

Em um governo de perfil liberal, que afrouxa ou desregulamenta a economia e abre mão de dar a direção aos investimentos, esses recursos certamente seriam administrados por banco privados e não por bancos oficiais (BB e CEF) nem tampouco pelo BNDES e certamente iriam para a especulação e não para o investimento.

O terceiro motivo foi a criação do Fundo Soberano, com as finalidades de promover investimentos em ativos no Brasil e no exterior, formar poupança pública, mitigar os efeitos dos ciclos econômicos e fomentar projetos de interesse estratégico do país localizados no exterior. Isso reduz as perspectivas de captação e administração de recursos públicos pela banca privada.

O quarto foi a criação do Banco do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que terá um capital inicial de U$ 50 bilhões e que poderá ser utilizado, com custo mais baixo, por seus sócios, o que, igualmente, não agradou aos banqueiros brasileiros.

As motivações, como se vê, são todas decorrentes do desconforto com a presença do governo na gestão ou intermediação de parcela dos recursos destinados aos investimentos (capital estatal, capital privado nacional e capital estrangeiro), sendo o maior montante os de origem trabalhista.

PALESTRANTE MARINA TRABALHA PARA BANCOS por lioza.correia@gmail.com

Marina ganha R$ 1,6 mi ao falar a bancos e empresas em palestras

Valor equivale à soma após candidata deixar o Senado em 2011

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, realizou dezenas de palestras para as mais variadas instituições entre 2011 e 2014, com uma carteira de clientes que inclui grandes bancos, empresas e seguradoras.

Após terminar a disputa da eleição presidencial na terceira colocação quatro anos atrás e deixar o Senado, em 2011, Marina abriu uma empresa em Brasília pela qual passou a receber por suas conferências.

Entre abril de 2011 e maio deste ano, Marina ganhou R$ 1,6 milhão bruto com essas palestras, conforme revelou neste domingo (31) — o jornal Folha de S.Paulo. Ela interrompeu as atividades de palestrante após lançar candidatura neste ano e negocia com o PSB receber uma remuneração mensal do partido, segundo sua assessoria de imprensa.

Marina foi contratada por bancos, como Santander e Crédit Suisse, pela multinacional Unilever e pela Fenaseg (Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização). Foi remunerada ainda por palestras na Argentina, Uruguai, Chile e Bolívia.

Houve eventos em que ela não cobrou pela palestra, como numa conversa, meses atrás, com alunos do Curso Estado de Jornalismo.

Faz parte do trabalho de Marina como palestrante se reunir com grupos pequenos de executivos do sistema financeiro e ser remunerada por isso. A assessoria de Marina afirma que o tema recorrente de suas palestras é a sustentabilidade.

A lista completa de clientes não é divulgada pela candidata sob o argumento de que os contratos são confidenciais. É o mesmo procedimento usado por outros políticos que costumam ser remunerados por palestras, como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

O jornal O Estado de S. Paulo obteve os nomes de parte da carteira de clientes de Marina a partir de uma série de entrevistas no meio empresarial.

Valores

Os valores de cada palestra de Marina variam conforme o cliente. Da Fundação Dom Cabral, por exemplo, uma instituição privada de ensino de Minas Gerais, ela cobrou R$ 15 mil. O Conselho Federal de Contabilidade pagou R$ 33 mil a Marina.

O Santander e o Crédit Suisse não revelam quanto pagaram pela palestra de Marina.

Desde junho deste ano, quando se candidatou à vice-Presidência da República na chapa de Eduardo Campos, Marina “mantém-se com a poupança acumulada até então” com o trabalho de palestrante, segundo sua assessoria de imprensa.

Aplicação

A candidata, contudo, não declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter uma poupança. Confrontada com essa informação, a equipe de Marina afirmou que usou o termo “poupança” inadequadamente e que, na verdade, ela “mantém-se com o que dispõe em sua conta-corrente.” Ao tribunal, Marina informou que tem R$ 27.920,58 na sua conta corrente.

Em 19 de agosto, o marido de Marina Silva, Fábio Vaz de Lima, deixou o cargo de secretário-adjunto do governo do Acre. Para que ela possa pagar suas despesas, “a campanha discute se haverá algum tipo de auxílio para o período até 5 de outubro”, informou a assessoria da candidata. Entre as contas mensais de Marina está o aluguel de R$ 4.200,00 da casa em que mora, em área nobre de Brasília.

Ela também ocupa um apartamento quando está em São Paulo. Conforme a campanha, o imóvel foi emprestado pelo empresário Carlos Henrique Ribeiro do Vale e registrado no TSE.

Na primeira vez que concorreu à Presidência, Marina declarou patrimônio de R$ 149.264,38. Em 2014, o valor caiu para R$ 135.402,38.

Em tempo: liga o Vasco:

- Engraçado… A notável palestrante não faz palestra para sindicato, organização de operários ou operárias. Índios que ela protege da fúria hidrelétrica …Não tem bagre na carteira dela … É só banco estrangeiro, seguradora, Unilever… Carteira gorda – carteira de clientes gorda … De dar inveja ao FHC, que também o Itaúúú contrata e não pisa em sindicato, ou organização de aposentados, porque ele nao é bobo …