domingo, 20 de dezembro de 2015

NOVOS ÓCULOS PARA O CORAÇÃO

Na terça feira, 08 de dezembro, o papa Francisco abriu na Catedral de São Pedro, em Roma, a “porta santa”. Inaugurou, assim, o “Jubileu extraordinário da Misericórdia” que lembra os 50 anos do encerramento do Concílio Vaticano II e quer ajudar toda a Igreja a ver e a viver a realidade do mundo atual a partir de óculos novos que o papa insiste ser um olhar misericordioso. Já em novembro, em sua visita a África, o papa antecipou a abertura do jubileu. Ao abrir a porta da catedral de Bangui, capital da República Centro-africana, fez daquela Igreja da África a primeira a entrar no jubileu da misericórdia.
Ainda há muitas pessoas, mesmo dentro do clero e até da Cúria que não compreendem e não aceitam a proposta do papa. Há poucos dias, um dos seus auxiliares afirmou à imprensa que “até a misericórdia de Deus tem limites”, embora ele não tenha dito quais seriam esses limites que, provavelmente, são os dele mesmo e não de Deus. Entre funcionários da Cúria, dizem que o papa está sofrendo de “misericordite”, ou seja, uma mania de insistir unicamente na misericórdia. O que se pode responder é que Jesus sofria da mesma doença. Quer que seus discípulos se deixem contagiar por ela e a espalhem pelo mundo.
Na compreensão popular, misericórdia é atitude de quem tem pena do outro. Não é a compreensão mais profunda do termo. Para a fé cristã, misericórdia significa o amor solidário que compromete cada pessoa com os outros seres humanos e mesmo com a Terra e a natureza ferida pela desumanidade do sistema que domina o mundo. Santo Agostinho dizia que o termo “misericórdia”, em latim, pode ser compreendido como “miser cor dare”, ou seja, “dar o coração, ou a vida, a quem precisa”. É a atitude que Jesus elogia na parábola do samaritano que, ao passar pela estrada, vê uma pessoa ferida, vítima de salteadores. Ele a socorre, sem perguntar quem era, o que pensava ou a que raça e religião pertencia.
Na América Latina, desde 1968, os bispos católicos em Medellín definiram que a Igreja deveria se colocar como um serviço de libertação para toda a humanidade. E várias Igrejas evangélicas, em suas convenções e sínodos, têm assumido essa mesma postura. Em El Salvador, Ignácio Ellacuría, um dos mártires jesuítas, assassinados pelos mesmos que mataram Dom Romero, afirmava: “Hoje, não se trata mais de apenas uma ou outra pessoa ferida no caminho. São povos inteiros, crucificados. É preciso descê-los da cruz”. Isso significa concretamente pôr a serviço da justiça todas as nossas capacidades humanas, intelectuais, religiosas e relacionais. O papa tem razão quando insiste em que não se trata apenas de assumir atitudes e gestos de misericórdia. É necessário, como propõe Jon Sobriño, tomar a misericórdia como princípio e eixo norteador de toda a nossa vida, um modo de ser permanente. É o que Sobrino chama de “Princípio Misericórdia”.
Muita gente acha que isso pode ser um bom princípio religioso, mas nada tem a ver com o modo de viver os conflitos sociais e a crise política que atravessamos. De fato, o contrário do princípio misericórdia é a onda de ódio e violência que se tem visto no mundo. Nesses dias,  um cartão de Natal publicado em jornais mostrava uma família norte-americana desejando seus votos de happy Christmas. Na foto, pais e filhos estão todos com armas nas mãos. No Brasil, muita gente entra na luta contra o governo sem ter minimamente em vista o que é melhor para o povo mais pobre. Nem sabem o que significa a integração latino-americana para a grande pátria “Nuestra América”, com  a qual, já no século XIX, Simon Bolívar sonhou.  

De acordo com a Bíblia a profecia é procurar permanentemente uma palavra de Deus para as situações que vivemos. Ela nos ensina a ser profundamente críticos frente a qualquer sistema desse mundo. No entanto, propõe que sejamos sempre capazes de despertar a esperança da libertação e de uma vida mais plena. Como Jesus em Belém, essa esperança nasce a partir dos mais pobres e une justiça e misericórdia como princípio de vida.   

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

NÃO AO GOLPE

CONTRA O GOLPE, PELA DEMOCRACIA , EM FAVOR DA PAZ

Mesmo sendo o melhor dos regimes políticos, a democracia carrega em si mesma muitas contradições. Em certos momentos, o seu significado de “governo do povo” não passa de mera ficção   Ou mesmo de uma farsa, como acontece neste momento  da história política  do Brasil.   O  Congresso Nacional virou  um palco onde  pseudo-representantes do povo (salvo honrosas exceções) não fazem outra coisa senão o leilão de seus  interesses   e ambições.
            Como admitir que um delinqüente, de culpa comprovada, possa incriminar uma pessoa íntegra, reconhecida em sua integridade até mesmo pelos seus adversários  políticos?  Como admitir que ele possa se apropriar de uma prerrogativa legal  com o fim paralisar o país, impedindo a Presidenta democraticamente eleita de cumprir o seu  mandato?
E ainda tenha o direito de comandar o processo como se estivesse presidindo sessões de tortura mental, debochando cinicamente da consciência coletiva da  nação? “Que autoridade moral fundamenta uma decisão capaz de agravar a situação nacional com conseqüências imprevisíveis para a vida do povo? “ (nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Uma artimanha travestida de legalidade está produzindo  a pior das ilegalidades: o desprezo pelos princípios fundamentais que preservam a unidade nacional (a democracia)!
E agora, justamente num momento em que precisávamos de sentimentos de paz para  viver  o espírito do Natal, somos obrigados a assistir ao jogo sujo das divisões. Divisão social (elites sociais contra classes populares) e divisão política (golpe contra democracia), ambas acionadas pela militância  corrosiva do ódio!
Resta-nos agora  ocupar as ruas do país, gritar contra o golpe, pela  democracia, em favor da paz. É o que tem de fazer todo brasileiro que coloca o bem comum acima de seus interesses, acomodação ou conformismo.
Recife, 8 de dezembro de 2015 – Frei Aloísio Fragoso ofm

                        

domingo, 13 de dezembro de 2015

                                                             A participação muda muita coisa!

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

    MOVIMENTO DE TRABALHADORES CRISTÃOS – MTC NE II
                 Rua Gervásio Pires, 404 Boa Vista, Recife- PE
          Fone: 81. 3222-0241 / e- mail: recifemtc@gmail.com


                                                                         Recife, 05 de dezembro de 2015

                                   Nota de Repúdio à Tentativa de Golpe

                 Nós do Movimento de Trabalhadores Cristãos – MTC NE II nos somamos aos movimentos sociais, sindicais e outras instituições contra a tentativa de golpe, chamado de Impeachment. Entendemos que a ação covarde de Eduardo Cunha contra o governo não é apenas um atentado ao legítimo mandato da presidenta Dilma, mas a toda democracia brasileira.
                Ter críticas ao governo é legítimo, democrático e necessário, nós mesmos do MTC somos contra a política econômica praticada pelo governo, que tanto tem prejudicado a classe trabalhadora. Porém, a aprovação de um golpe contra a presidenta Dilma prejudicará muito mais os trabalhadores e trabalhadoras de nosso país, pois acreditamos que esta ação pode resultar na retomada para aprovação, de forma arbitrária, de várias pautas contra toda classe trabalhadora, como: 1. O Projeto da terceirização (PL 4330), que reduzirá salários e direitos trabalhistas, além de acabar com os concursos públicos; 2. A Privatização da Petrobrás, que coloca nas mãos dos estrangeiros toda riqueza do petróleo nacional; 3. A Redução da Maioridade Penal, que aumentará significativamente o extermínio da juventude, sobre tudo da juventude negra (como o caso dos 05 garotos executados pela PM no Rio de Janeiro, recentemente). Temos que lutar para que essas ameaças não voltem mais.
            E o que isso tem a ver com o Impeachment? Tudo, pois Todos os políticos e empresários que querem o Impeachment são a favor destes pontos que atacam, como um cão feroz, os direitos e os interesses da Classe Trabalhadora.
             A oposição que o Movimento de Trabalhadores Cristãos faz é sempre fiel à Classe Trabalhadora, por isso juntamos nossa voz ao Grito que diz: NÃO VAI TER GOLPE!


                                                   Atenciosamente,
                            Coordenação Regional do MTC NE II  

sábado, 5 de dezembro de 2015

O impeachment a manipulação da crise


Paulo Rubem Santiago (*)
“A sociedade que elegeu Dilma não o fez para ser governada pela inércia dos números, por uma governabilidade encurralada pelo fisiologismo e pelos mercados, por ortodoxas metas de inflação anuais e seus juros cavalares, por câmbio flutuante e superávit primário pró-rentistas, muito menos pelas estruturas a favor dos movimentos especulativos. As alternativas econômicas e políticas existem, mas precisam agora, mais do que nunca, de liderança e vontade política para serem adotadas”

O Deputado Eduardo Cunha, Presidente da Câmara Federal, aceitou na última quarta-feira, 02 de dezembro, abrir o processo que poderá gerar o impeachment da Presidente Dilma. Acatando representação do Jurista Hélio Bicudo e outros, argumenta-se que o atual governo não segue a meta fiscal prevista na lei orçamentária e com isso descumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal. No documento recebido por Cunha há também  argumentos quanto à prevaricação e à ausência de medidas preventivas de combate à corrupção. Quanto aos aspecto fiscal, o Congresso acaba de alterar a meta, algo legal e previsível. Quanto aos demais assuntos, há mais de um ano diversos orgãos da estrutura do estado, como Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público Federal e Poder Judiciário vem atuando em conjunto para investigar e combater os atos de corrupção denunciados nos contratos da PETROBRAS e outras empresas. A oposição, leia-se PSDB e DEM, faz duras críticas ao déficit público e à proposta enviada pela Presidente Dilma de assumir legal e transparentemente haver um déficit de mais de R$ 100 bilhões nas contas nacionais. Silêncio absoluto ou groseira manipulação de informações pairam, contudo, acerca das causas do déficit, dos contornos da atual política monetária, das altas taxas de juros e da explosão da dívida pública de curto prazo.E por que do déficit? Será culpa dos gastos exorbitantes com saúde, educação, segurança, previdência social, saneamento, habitação, PAC e bolsa-família? De jeito nenhum. Isso tudo e mais as despesas com a defesa e a ciência e tecnologia atingiram 4% do PIB em 2014. Já os gastos com juros da dívida pública, que sobe sempre que se eleva a taxa SELIC, a taxa de juros contra a inflação, chegaram a 6,2% do PIB. No primeiro bloco de despesas atendem-se 150 milhões de brasileiros. No segundo, de 25 a 30.000 CPFS e CNPJs de “investidores”. Entre setembro de 2014 e agosto de 2015 foram gastos com juros R$ 484 bilhões, quase cinco vezes mais que o orçamento da saúde no país. Se algum presidente pode e deve ser questionado não deve ser, na essência, pelas consequências, mas pelas causas do desequilíbrio das contas e da explosão da dívida pública. Nesse caso, teriam sido questionados FHC, Lula e até Dilma, mas também as Agências Reguladoras Internacionais de Avaliação de Risco, as empresas financeiras que alimentam a Pesquisa FOCUS, sobre as expectatiivas de inflação, feita desde 2001 pelo Banco Central, deve ser questionado seu Comitê de Política Monetária, o COPOM, que define a taxa SELIC, os analistas de mercado, muitos dos quais ex-presidentes e diretores do Banco Central e alguns "jornalistas" figurões do noticiário econômico. Por que? Porque se o governo adota tais medidas, todos eles defenderam e defendem as mesmas,  o aumento dos juros, que aumentam a dívida pública, provocam déficit, reduzem investimentos, puxam a queda do PIB, com brutal desvio de recursos da produção e do trabalho para a renda financeira. Nas entranhas, a tão falada Lei de Responsabilidade Fiscal, cujo " desrespeito" agora é a âncora para o pedido de impeachment, apertou a relação receitas x despesas, mas liberou os gastos com a dívida pública. A Lei é de 2000, um ano após FHC assinar acordo com o FMI para sacar dólares, aceitando receitas amargas de condução da economia. Escancarou as portas do país ao capital externo, vendeu patrimônio, desamarrou salários da inflação passada mas manteve indexados a ela os contratos de áreas privatizadas ( energia e telecomunicações), jogou juros no espaço, quase triplicou a dívida pública. A crise de hoje é o preço pago pelo abandono de alternativas e das históricas bases sociais dos governos que sucederam FHC. Muito de nós, seus eleitores, avisamos sobre isso, cobramos, propusemos, fomos votos vencidos. Esse processo de impeachment é uma jogada golpista travestida de "responsabilidade fiscal". Com altos e até questionáveis sacrifícios à sociedade, Lula e Dilma baixaram a dívida pública líquida para 33,5% do PIB. FHC a recebeu em 24% e entregou em 60%. Ainda assim PSDB e DEM querem falar de responsabilidade fiscal. Cínicos e manipuladores. Ambos governaram com o mesmo PMDB de Cunha e Renan, com Collor e FHC. O que apuraram de seus prováveis maus costumes? Terão prevaricado também? Agora, quanto a isso, se houve, todos prevaricaram, inclusive a maioria do Congresso e sua Comissão Mista de Orçamento, Planos e Fiscalização, bem como as maiores bancadas, que decidem as matérias. Ou será que parte do Congresso prevaricou porque era financiada pelas empreiteiras? A superação dessa crise política, fiscal e econômica tem que vir por outros caminhos. É para cortar despesas? Cortem-se ou que sejam proteladas as que são improdutivas, que não geram mais infraestrutura, melhorias na condição de vida das pessoas, nem melhor gestão para o estado, cortem-se, por isso, as maiores parcelas, que sejam renegociadas, auditadas, como prevê a Constituição de 1988, em especial as que transferem receitas para os que vivem da remuneração de papéis públicos. Enfrentar a crise fiscal com mais desemprego, queda nos salários e aumento de lucros financeiros é um erro descomunal. Empresas não renegociam dívidas com bancos públicos? Não parcelam impostos sonegados junto à receita, por anos e anos ? Por que o estado não pode fazer o mesmo? A proposta de impeachment hoje, nesse contexto, é uma mistura de oportunismo com manipulação de desinformação fiscal para gerar crise política. O PT, embora sofrendo imenso desgaste, ainda tem bases sociais que querem outros rumos, embora sua cúpula não as ouça faz tempo. Outras bases sociais certamente apoiarão a mudança de rumos. Há propostas. A sociedade que elegeu Dilma não o fez para ser governada pela inércia dos números, por uma governabilidade encurralada pelo fisiologismo e pelos mercados, por ortodoxas metas de inflação anuais e seus juros cavalares, por câmbio flutuante e superávit primário pró-rentistas, muito menos pelas estruturas a favor dos movimentos especulativos. As alternativas econômicas e políticas existem, mas precisam agora, mais do que nunca, de liderança e vontade política para serem adotadas. Por isso é necessário rechaçarmos o impeachment e a perpetuação da dominância financeira a favor dos mercados na gestão das contas nacionais. Todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido.
Recife, 3 de dezembro de 2015.
(*) `Professor da UFPE, Deputado Federal 2003-2014
Foi Vice-Presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal
Foi Titular da CPI da Dívida Pública
Autor do Requerimento de criação da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção (2004)
Foi Vice-Líder do PDT
Atualmente é Membro da Executiva Nacional do PDT e Secretário Nacional de Assuntos Econômicos de Desenvolvimento do partido.

É Presidente da Fundação Joaquim Nabuco-FUNDAJ.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

MEDITAÇÃO BÍBLICA DE MC 12, 38-44

       No último dia do nosso encontro do grupo de teologia Emaús, em Correias, Petrópolis, celebramos a Ceia do Senhor, presidida pelo pastor Cláudio Ribeiro, da Igreja Metodista. Um ritual simples e profundamente tocante. O evangelho foi o mesmo lido nas Igrejas de tradição católica e também anglicana: Marcos 12. Nessa passagem, Jesus denuncia os religiosos que se sentem importantes e assumem uma postura de dominação dos outros e de poder. E no templo, perto do cofre das esmolas, Jesus mostra que os ricos dão do que lhes sobram e uma pobre viúva dá a única moeda que tem para viver. A maioria dos comentários se centra na generosidade da viúva e como Jesus a tivesse elogiado. Mas, Jesus não a elogia. Mostra que o templo lhe rouba a única moeda que tem. Hoje ainda, algumas Igrejas que se dizem cristãs (e às vezes isso ocorre mesmo em santuários católicos) ficam ricas em nome de Deus e da extorsão emocional do pouco que os pobres têm. Pobre de Deus, cujo nome serve para esse tipo de violência simbólica. 
               No tempo de Jesus, era o templo de Jerusalém. Hoje, são outros templos e santuários.... Mas, as viúvas e os pobres continuam dando ao templo tudo o que precisam para sobreviver. Em nome de Deus. É preciso acabar com isso. Deus não tem nada a ver com o uso da religião para o comércio e o enriquecimento à custa dos pobres. Ao contrário, isso o agride e o faz sofrer.  

sábado, 3 de outubro de 2015




Programação pode ser encontrada:
http://www.ccae.ufpb.br/gepeees/index.php/19-gepeees/news/148-iii-jornada-de-estudos-freireanoAcessos: 5
III Jornada de Estudos Freireano:
ação educativa libertadora na escola e na sociedade

OBJETIVO:
Envolver e motivar estudantes, professores da rede pública de ensino, professores/pesquisadores universitários, militantes com o arcabouço teórico-metodológico de Paulo Freire e da Teoria Crítica, realizando estudos contemporâneos – Educação, Educação Popular, Economia Solidária, análise de conjuntura política e universitária, formação de professor, gestão, práticas acadêmicas, América Latina, Movimentos Sociais, para fortalecer o engajamento acadêmico e engrandecer o capital cultural para atuações em práticas educativas libertárias.

DATAS:
1º encontro em 20 de outubro / 2º encontro em 06 de novembro / 3º encontro em 11 de dezembro de 2015.

LOCAL E HORÁRIO:
UFPB campus IV/Mamanguape, das 08h: 00mn às 11h: 30mn.

VAGAS: Limitadas

OBRA DE FREIRE PARA DISCUSSÃO NO 1º ENCONTRO:
Livro “Ação cultural para a liberdade e outros escritos”:
I parte: O processo de alfabetização de adultos como ação cultural para a libertação.

OBRA DE FREIRE PARA DISCUSSÃO NO 2º ENCONTRO:
Livro “Ação cultural para a liberdade e outros escritos”:
II parte: Ação cultural e conscientização.

OBRA DE FREIRE PARA DISCUSSÃO NO 3º ENCONTRO:
Livro “Pedagogia da Indignação”

CONVIDADOS PARA DISCUTIR AS OBRAS:
Ø  Prof. José Mateus do Nascimento (IFRN), no 1º encontro;
Ø  Profa. Erineide da Costa e Silva (IFRN), no 2º encontro;
Ø  Prof. Agostinho Rosas (UFPE), no 3º encontro.

CARGA HORÁRIA:
ENCONTROS
ATIVIDADES
TOTAL/HORAS
Presença, leitura e discussão/registro
10 h
Presença, leitura e discussão/registro
10 h
Presença, leitura e discussão/registro
10 h


30 h
OBS.: O participante precisará ter 75% de presença no evento, para receber o total de horas citado acima.

LINK PARA BAIXAR AS OBRAS:
A Jornada é conhecida pelas palestras dialogadas, usando como base as obras de Paulo freire. Nesse sentido, disponibilizamos as obras para os participantes fazerem a leitura antecipada e, após os encontros deverão fazer o registro de suas impressões sobre a mesma. Fatores obrigatórios para o recebimento da CERTIFICAÇÃO, com o máximo da carga horária.

Livro “Ação cultural para a liberdade e outros escritos”
Livro “Pedagogia da Indignação”

APRESENTAÇÕES CULTURAIS:
Ø  1º encontro: Apresentação Cultural de Natal/RN;
Ø  2º encontro: Apresentação Cultural da Escola Municipal Luiz José Gonçalo, com o “Musical Funeral do Lavrador”;
Ø   3º encontro: Apresentação dos meninos de Pindobal, com flauta. 

O PRIMEIRO ENCONTRO DA III JORNADA ACONTECERÁ NA SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA:
À comunidade acadêmica da UFPB (CCAE) juntamente com outros colaboradores do campus IV, está organizando a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2015 (SNCT) – Tema: Luz, Ciência e Vida (Ano Internacional da ONU). No campus IV/CCAE acontecerá no período de 17, 19, 20 e 21 de outubro de 2015. Com várias atividades, oficinas, palestras e muito mais.
Esse momento será de extrema importância, uma vez que, será a primeira vez que teremos o evento realizado em nosso campus.

INSCRIÇÕES:
Período de inscrição: 1º a 12 de outubro/15
Evento totalmente gratuito
Leve seu alimento para o “Café Solidário”
FAÇA LOGO SUA INSCRIÇÃO NO LINK ABAIXO
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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Qual destino para o Brasil: recolonização ou projeto próprio?


        Há uma indagação que se faz no Brasil mas também no exterior que se expressa por esta pergunta: qual o destino da sétima economia mundial e qual o futuro de sua incomensurável riqueza de bens naturais?
Analistas dos cenários mundiais do talante de Noam Chomsky ou de Jacques Attali nos advertem: a potência imperial norte-americana segue esse motto, elaborado nos salões dos estrategistas do Pentâgono:”um só mundo e um só império”. Não se toleram países, em qualquer parte do planeta, que possam pôr em xeque seus interesses globais e sua hegemonia universal. Curiosamente, o Papa Francisco em sua encíclicla “sobre o cuidado da Casa Comum”, como que revidando o Pentágono propõe:”um só mundo e um só projeto coletivo”.
No Brasil esse debate se dá principalmente no campo da macroeconomia: o Brasil se alinhará às estratégias político-sociais-economico-ideológicas impostas pelo Império e com isso terá vantagens significativas em todos os campos, mas aceitando ser sócio menor e agregado (opção dos neoliberais e dos conservadores) ou o Brasil procurará um caminho próprio, consciente de suas vantagens ecológicas, do peso de seu mercado interno com uma população de mais de duzentos milhões de pessoas e da criatividade de seu povo. Aprende a resistir às pressões que vêm de cima, a lidar inteligentemente com as tensões, a praticar uma política do ganha-ganha (o que supõe fazer conceções) e assim a manter o caminho aberto para um projeto nacional próprio que contará para o devenir da nossa e da futura civilização (opção do PT, das esquerdas e dos movimentos sociais).
Isso deve ficar claro: há um propósito dos países centrais que dispõem de várias formas de poder, especialmente, a militar (podem matar a todos) de recolonizar toda a América Latina para ser um reserva de bens e serviços naturais (água potável, milhões de hectares férteis, grãos de todo tipo, imensa biodiversidade, grandes florestas úmidas, reservas minerais incomensuráveis etc). Ela deve servir principalmente os países ricos, já que em seus territórios quase se esgotaram tais “bondades da natureza” como dizem os povos originários. E vão precisar delas para manterem seu nível de vida.
Estimamos que dentro de um futuro não muito distante, a economia mundial será de base ecológica. Finalmente não nos alimentamos de computadores e de máquimas, mas de água, de grãos e de tudo o que a vida humana e a comunidade de vida demandam. Daí a importância de manter a América Latina, especialmente, o Brasil no estágio o mais natural possível, não favorecendo a industrializção nem algum valor agregado a suas commodities.
Seu lugar deve ser aquele que foi pensado desde o início da colonização:  o de ser uma grande empresa colonial que sustenta o projeto dos povos opulentos do Norte para continurem sua dominação que vem desde o século XVI quando se iniciaram as grandes navegações de conquista de territórios pelo mundo afora. Analiticamente, esse processo foi denunciado por Caio Prado Jr, por Darcy Ribeiro e, ultimamente, com grande força teórica, por Luiz Gonzaga de Souza Lima com seu livro ainda não devidamente acolhido A refundação do Brasil: rumo à sociedade biocentrada (RiMa, São Bernardo 2011).
Em razão desta estratégia global, as políticas ambientais dominantes reduzem o sentido da biodiversidade e da natureza a um valor econômico. A tão propalada “economia verdade” serve a este propósito econômico e menos à preservação e ao resgate de áreas devastadas. Mesmo quando isso ocorre, se destina à macroeconomia de acumulação e não à busca de um outro tipo de relação para com a natureza.
O que cabe constatar é o fato de que o Brasil não está só. As experiências recentes dos movimentos populares socioambientais se recusam a assumir simplesmente a dominação da razão econômica, instrumental e utilitarista que tudo uniformiza. Por todas as partes estão irrompendo outras modalidades de habitar a Casa Comum a partir de identidades culturais diferentes. Os conhecimentos tradicionais, oprimidos e marginalizados pelo pensamento único técnico-científico, estão ganhando força na medida em que mostram que podemos nos relacionar com a natureza e cuidar da Mãe Terra de uma forma mais benevolente e cuidadosa. Exemplo disso é o “bien vivier y convivir” dos andinos, paradigma de um modo de produção de vida em harmonia com o Todo, com os seres humanos entre si e com a natureza circundante.
Aqui funciona a racionalidade cordial e sensível que enriquece e, ao mesmo tempo, impõe limites à voracidade da fria razão instrumenal-analítica que, deixada em seu livre curso, pode pôr em risco nosso projeto civilizatório. Trata-se de uma nova compreensão do mundo e da missão do ser humano dentro dele, como seu guardador e cuidador. Oxalá este seja o caminho a ser trilhado pela humanidade e pelo Brasil.

Por:  Leonardo Boff.

sábado, 19 de setembro de 2015

Ubuntu - Thiago Rodrigo

Posted: 18 Sep 2015 11:40 AM PDT
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UBUNTU
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Um antropólogo propôs uma brincadeira para algumas crianças de uma tribo africana. Colocou um cesto de frutas perto de uma árvore e falou que quem chegasse primeiro ficaria com elas.
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Quando ele deu o sinal todas as crianças deram as mãos e correram juntas, chegando ao local elas sentaram e compartilharam as frutas entre si!!!
Quando perguntaram às crianças porque quiseram correr todas juntas quando apenas um poderia chegar e ganhar o prêmio, elas responderam: UBUNTU: como pode um ser feliz enquanto todos os outros estão tristes???
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UBUNTU na cultura africana sub-sahariana quer dizer:  “EU SOU QUEM SOU ,PORQUE NÓS SOMOS”
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
(Marcos 12:30,31)

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A ARISTOCRACIA BRASILEIRA

342 aristocratas para cassar 54,5 milhões de plebeus
Postado em 17 de setembro de 2015
O Brasil vive um regime político chamado de aristocracia, isto é, o governo dos melhores. São os homens do agronegócio, da indústria, dos bancos, que ocupam o Congresso e que decidirão o futuro do governo brasileiro.
Por: Roberto Malvezzi (Gogó)
À época do Brasil Império eram os donos das terras, das raízes (mandioca), homens de “bens”, isto é, de posses, que podiam ser eleitos. A plebe e as mulheres não votavam, muito menos podiam ser eleitos. Então, os que tinham bens, eram considerados os bons. Hoje a Câmara dos Deputados é composta por 513 representantes. São necessários 342 votos para cassar o mandato da atual presidente. E é a isso que eles se propõem. Os bons são homens insuspeitos e honrados, como Cassio Cunha Lima, Eduardo Cunha, Paulinho da Força Sindical, Aécio Neves e os nobres que os seguem. São biografias imaculadas, sem mancha e conhecidos pela sua magnanimidade e grandeza política.
Faz parte dessa aristocracia brasileira juristas como Gilmar Mendes, o homem que disse que vai “cassar o mandato de Dilma”.
Eles se respaldam na tão nobre mídia tradicional brasileira, também composta de aristocratas, como os Mesquitas (Estado de São Paulo), Frias (Folha de São Paulo), Civita (Editora Abril) e Marinho (Globo), além de tantos outros de menor expressão, mas também da aristocracia brasileira.
Com o advento da internet e das redes sociais esses organismos de mídia já não decidem mais as eleições brasileiras, mas podem perfeitamente colaborar na derrubada da plebe por seus representantes da aristocracia.
Se vivêssemos em uma democracia, valeria o voto dos plebeus, ou a vontade de os 54,5 milhões de eleitores que escolheram majoritariamente seu candidato nas últimas eleições. Mas, nas aristocracias o voto da plebe não tem valor.
Então, importa os dados do Data Folha, ou do Ibope, sobre a popularidade atual da presidente. São essas pesquisas que dão a legitimidade de um mandato, não o voto cravado pelo povo nas urnas. Ou então, decidem picuinhas jurídicas, como pedaladas fiscais e dúvidas sobre dinheiro de campanha. Melhor assim. Afinal, o povo nada sabe, não tem poder de decisão e nem deveria votar. A não ser que votasse conforme a vontade dos aristocratas.

As Consequências da Dívida sobre o Mundo e o Brasil

sábado, 15 de agosto de 2015

Nada vale a pena quando a alma é pequena.

Roberto Malvezzi (Gogó)

O que mais chama a atenção da direita que está nas ruas é sua alma pequena, a incapacidade de enxergar o outro, o olhar narcisístico que só enxerga o espelho.
Aliás, essa é a essência de ser de direita, não enxergar ninguém mais além do próprio umbigo.
Em qualquer país do mundo que se chega, os cidadãos gostam de falar de suas conquistas, inclusive da justiça social. Só aqui o fato dos pobres saírem da miséria, de participarem um pouco mais dos frutos do trabalho, de conquistar bens básicos como água, alimentação, moradia, sem falar na energia, no telefone, etc., gera tristeza e ódio nessa população que está nas ruas.
Não há em seus discursos um único gesto de solidariedade, uma única palavra de reconhecimento pelas conquistas que as populações mais marginalizadas desse país fizeram nos últimos anos.
Os problemas desse governo são muitos, a corrupção é um deles, mas não o único e nem o principal. Os juros do Brasil devoram nossas riquezas, por eles há multidões que perdem muito e poucos banqueiros e especuladores que ganham uma fábula. O insuspeito Benjamim Steinbruch calculou que de 2013 a 2015 o Brasil pagará 1,038 trilhão de reais de juros (“Você Sabia?” UOL, 11/08/2015). O que é o dinheiro da Lava Jato (uma ninharia) diante dessa fábula de recursos públicos transferidos para os especuladores?
Além do mais o combate à corrupção é farisaico e seletivo, até porque há outros escândalos como o da Suíça, dos Zelotes, que flagrou gente da mídia, donos de meios de comunicação, jornalistas, apresentadores de TVs, artistas, gente do meio jurídico. Mas, esses parece que podem fazer o que fazem.
Portanto, o combate à corrupção acaba sendo apenas um pretexto – além da monumental hipocrisia - para a direita que vai às ruas pedir impedimentos e retorno do regime militar.
Lembrando e invertendo Fernando Pessoa, “nada vale a pena quando a alma é pequena”.

Dicas do MOVIMENTO DE TRABALHADORES CRISTÃOS – Regional Nordeste 2 – MTC-NE2, para quem se comunica pelas Redes Sociais para que sejam mais sociais mesmo, nesta hora de trevas:

1. 


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NA ONDA, FEITO ARARAS E PAPAGAIOS?...
Com que facilidade a gente repete o que a MÍDIA diz:
Ø  O que você VEJA, na ÉPOCA, ISTO È!
Ø  O que a GLOBO, SBT e RECORD mostram e repetem até enjoar
convence você, e você sai repetindo pros outros... eles e elas vão se convencendo, também, e repetindo pra outros e outras...
E no dia 16, domingo que vem, lá vão os Bobos da Globo, feito araras e papagaios...
Afinal de contas Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade” (Joseph Goebbels, ideólogo do nazismo, da equipe de Hitler).
Mas JESUS já dissera: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Evangelho segundo João 8,32).
Movimento de Trabalhadores Cristãos – MTC-NE2
2. ___________________________________________________________________
Quando você vê a MÍDIA (jornal, revista, rádio, TV etc.) batendo muito em cima de algum partido, de algum político, de alguém, desconfie!...
É bem provável que seja coisa boa pros pobres, pros trabalhadores... Se fosse ruim, eles seriam a favor...
Por isso, sua passeata não vai ser a do dia 16!
Essa é das “araras e papagaios”, que vão na onda da MÍDIA, e repetem tudo quanto a MÍDIA manda.
Venha conosco, no dia 20! A UNIÃO DOS POBRES, DOS TRABALHADORES E DOS QUE SÃO SOLIDÁRIOS COM ELES VENCERÁ A MENTIRA!
É pra vocês que JESUS diz: “Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus!” (Evangelho segundo Lucas 6,20).
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3. ___________________________________________________________________
CRISE! CRISE! CRISE! CRISE! CRISE! CRISE! CRISE! CRISE!  CORRUPÇÃO! CORRUPÇÃO! CORRUPÇÃO! CORRUPÇÃO! CORRUPÇÃO!
Até parece que essas coisas foram inventadas hoje e, antes, nunca existiram. No discurso dos que acusam, há uma grande HIPOCRISIA!
Você conhece a história de cada um deles e de seus partidos?... Você já investigou a trajetória do AÉCIO?... Você conhece a história do DEM de MENDONCINHA, que foi PFL, que foi ARENA?... E nem precisa perder tempo com o EDUARDO CUNHA... É muita cara de pau!
Eles batem em cima do PT, não é por causa dos erros do PT ou da Dilma não!
É por causa das coisas certas que o PT e LULA e DILMA andaram fazendo e vão fazer ainda mais... Durante 500 anos, os poderosos desse país nunca pensaram na pobreza, nem fizeram pela pobreza o que eles fizeram...
O medo deles é que a pobreza, os trabalhadores e as pessoas solidárias com eles, voltem a eleger LULA de novo, em 2018!
Venha com a gente, dia 20, pra caminhada do povo que não é bobo da Globo! Venha defender a DEMOCRACIA, contra o GOLPE!
Sobre essa gente perversa é que JESUS disse um dia: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de podridão! Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheio de hipocrisia e injustiça!” (Evangelho segundo Mateus 23,27-28).
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4. ______________________________________________________
Quando foi que você viu a pobreza do campo e da cidade comendo três vezes por dia, morando em casa própria, a maior parte empregada, botando filho em Escola Técnica ou na Universidade, e até comprando moto e carro?... De LULA para cá!
Falta muita coisa ainda... Estamos passando por um momento difícil, é verdade... Mas estamos muito melhor do que antes de LULA e DILMA... Não tem nem comparação com o tempo de FHC!
Não deixe sua memória se apagar, ao escutar tantas “meias verdades”, tanta mentira, que saem da boca de quem durante 500 anos só soube explorar a pobreza e agora sente nojo de você, porque, ultimamente tem podido entrar numa loja, hospedar-se num hotel, viajar de avião ou possuir alguma coisa que só eles tinham e achavam que só eles podiam ter...
Eles têm medo de você... De que um dia, nesse país, haja justiça plena, findem os preconceitos, todo mundo tenha os mesmos direitos, todo mundo viva com dignidade todo mundo seja feliz...
Eles querem o mundo só pra eles, os mesmos de sempre!
Não se deixe enganar mais por quem sempre enganou o povo e enriqueceu às custas da escravidão e da ignorância!
Dia 20, à tarde, pelas ruas da cidade, vamos refrescar a mente de quem perdeu a memória e desmascarar a hipocrisia dos poderosos! 
Vamos escutar JESUS quando nos alerta: ”Cuidado com os falsos profetas: eles vêm até vós vestidos de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes!” (Evangelho segundo Mateus 7,15).
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