sexta-feira, 28 de abril de 2017

Carta Contra Assédio Político

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MOVIMENTO DE TRABALHADORES CRISTÃOS – MTC NE II
Rua Gevário Pires, 404 Boa Vista, Recife-PE
Fone: 81. 3222-0241 / email: recifemtc@gmail.com 

 
Caros Companheiros e companheiras,

O Movimento de Trabalhadores Cristãos (MTC PE) vem a público denunciar um “assédio político” sofrido.
 No dia 27.04.17 (quinta-feira), por volta das 16h, duas pessoas de nome Simone e Roberto, que se identificaram como supostos funcionários do Ministério Público de Pernambuco – MPPE (da rua Gervásio Pires, Boa Vista/Recife), vieram à sede deste movimento, sem mandado judicial, alegando que há uma denúncia em aberto sendo investigada pelo MPPE, na qual há a alegação de que algumas entidades teriam recebidos proventos de políticos entre os anos de 1997/98. A Ação Católica Operária - ACO (como era conhecida na época), hoje MTC, supostamente estaria entre estas entidades. 
Conforme os supostos funcionários, a ação judicial está correndo na 9ª e na 10º Promotoria de Justiça e Fundações, sob a tutela do promotor de justiça Dr. Ulisses de
Araújo Sá e Júnior que, segundo Simone e Roberto, “pediu” que as entidades registradas no processo fossem visitadas para averiguação, posto que algumas entidades eram fantasmas. Vale notar que, de acordo com esses dois funcionários, a investigação está sendo feita contra os políticos que teriam usado os nomes destas entidades sem autorização para emitir notas frias para desviar verbas políticas. 
Feito esta apresentação e exposição de cunho aparentemente jurídico, os dois agentes (Simone e Roberto) começaram a fazer perguntas que destoam completamente do assunto abordado inicialmente e suposto propósito da “visita”. Segue abaixo algumas perguntas feitas por eles: 
   O movimento pertence a igreja católica? 
   Como o movimento funciona? O que defende? Como atua? 
   Como o movimento conseguiu a casa (sede)? 
   Há empregados no movimento? 
   Quantas pessoas há no movimento? 
   Com que periodicidade se reúnem? 
   Qualquer trabalhador pode fazer parte do movimento?
   Se um trabalhador defender Temer numa reunião o que vocês responderiam?
   Qual o posicionamento do movimento em relação às reformas promovidas pelo governo e quais ações o movimento está realizando? 
   Como o movimento faz para convencer alguém de que as reformas NÃO são boas para a classe trabalhadora? 
Por fim, os dois supostos funcionários pediram para ver as instalações físicas da nossa sede. 
Diante das claras contradições de interesses entra o motivo alegado para a visita e o decorrer dos diálogos entre os supostos funcionários do MPPE e os militantes do MTC que os receberam, acreditamos que esta foi uma evidente tentativa de cerco político ao nosso movimento, provavelmente com o intuito cerceamento de nossa prática política. Nós do MTC, contudo, não iremos nos intimidar diante das ameaças ao nosso movimento e à Classe Trabalhadora. Nossa história de luta vem desde 1962. Já enfrentamos todas as agruras do Golpe da Ditadura Militar Brasileira, em 1964, e iremos enfrentar as agruras do Golpe que está em curso atualmente no nosso país desde 2016. Nossos pés caminham pelos ensinamentos de Cristo, que nos ensina a manter os olhos e o espírito centrados na luta contras as injustiças sociais que tanto oprimem a Classe Trabalhadora. 
Seguiremos firmes e pedimos que os movimentos sociais e populares que caminham conosco (e outros em geral) fortifiquem ainda mais nossa união e tomem mais cuidados, pois essa pode ser uma forte evidência de Estado de Exceção.  E vamos à Luta!       


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